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Silas Malafaia declara apoio a Aécio Neves

O pastor, que faz contundentes críticas ao PT dentro e fora das redes sociais, afirmou que o PSDB foi quem deu “estabilidade para esse país”.

Eleições 2014

Fonte: O Globo

Silas Malafaia, inimigo do PT, vai apoiar Aécio

Malafaia: “Tenho o feeling de que o voto evangélico será despejado no Aécio”. Foto: Divulgação

Pastor Silas Malafaia diz estar com tucano ‘desde criancinha’

Quinto mais votado no país e ‘dobradinha’ nos debates, Pastor Everaldo encontrará Aécio hoje

Enquanto Dilma Rousseff e Aécio Neves disputam o apoio de Marina Silva para o segundo turno, o Pastor Everaldo, do PSC, o quinto mais votado no domingo, reúne-se nesta quarta-feira, em Brasília, com líderes de seu partido, a partir das 10h, para debater a posição que legenda tomará. Logo depois, ele já tem encontro marcado, às 11h, com Aécio, no Senado.

Segundo a assessoria do pastor, o convite para a reunião teria sido feito pela campanha tucana. No último debate antes do primeiro turno, quinta-feira passada, na Rede Globo, Aécio e Pastor Everaldo já tinham feito uma dobradinha em vários momentos, fazendo perguntas entre si e se juntando para atacar Dilma. O pastor, porém, só deve se pronunciar sobre quem apoiará depois das reuniões de hoje.

Agora que Pastor Everaldo, seu “amigo de 30 anos” saiu da disputa presidencial com menos de 1% dos votos, Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e apresentador do programa Vitória em Cristo, disse ontem que é “Aécio desde criancinha” em nome da “alternância de poder”. O pastor, que faz contundentes críticas ao PT dentro e fora das redes sociais, com seis “tuitaços” contra Dilma no currículo, afirmou que o PSDB foi quem deu “estabilidade para esse país”, mas ressaltou que não precisa declarar oficialmente seu voto, porque é “apenas um cidadão”.

— Sou Aécio desde criancinha. Gravei um vídeo com cinco motivos para não votar na Dilma. Motivo um: a alternância de poder, importante para o estado democrático. O Lula meteu o pau nos programas sociais do Fernando Henrique Cardoso. Eles (o PT) não conhecem uma coisa: quem deu estabilidade econômica para esse país foi o PSDB — diz Malafaia, que nega ter influenciado qualquer decisão de Marina ao longo da campanha e afirma só ter se encontrado com a candidata “uma vez, há quatro anos”:

— Eu não preciso declarar meu voto. Sou um cidadão, não é porque sou pastor que deixei de ser um cidadão. Eu desconfio que não tenho essa autoridade para influenciar o voto evangélico, mas tenho o feeling de que o voto evangélico será despejado no Aécio.

Marina volta atrás em proposta gay para receber apoio de evangélicos

Após recuo de Marina em propostas para comunidade gay em seu programa de governo, dois líderes evangélicos declararam apoio à ex-senadora.

Eleições 2014

Fonte: Folha de S.Paulo

Marina recua em proposta gay para ter apoio de evangélico

Após recuo de Marina, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, declarou que estará ao lado da candidata em um eventual segundo turno. Divulgação

Após recuo em propostas aos gays, Marina recebe apoio de evangélicos

Candidata disse desconhecer militante que deixou campanha após mudança em programa de governo

Depois de defender criminalização da homofobia, Dilma disse que o tema não está relacionado à religião

Três dias após o recuo da campanha de Marina Silva (PSB) em propostas para a comunidade gay em seu programa de governo, dois líderes de igrejas evangélicas declararam apoio à ex-senadora.

Em cima do muro até esta terça-feira (2), o bispo Robson Rodovalho, da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra, anunciou que decidiu apoiar Marina após a mudança no texto que tratava dos direitos dos homossexuais.

Já o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que apoia Pastor Everaldo (PSC) no primeiro turno, declarou que estará ao lado da candidata em um eventual segundo turno.

“Claro que apoio Marina. Depois que o ativismo gay retirou apoio a ela, vou de cabeça [na chapa da candidata]“, disse Malafaia à Folha, em referência às críticas internas e capitulações no PSB após a mudança no texto.

No sábado (30), menos de um dia após a apresentação do programa, a coordenação da presidenciável divulgou errata para eliminar ou alterar trechos em que se comprometia em articular no Congresso a aprovação de projetos sobre o tema, como o casamento civil gay e a criminalização da homofobia.

O recuo da campanha provocou o afastamento voluntário do secretário nacional do comitê LGBT do PSB, Luciano Freitas, um dos responsáveis pela elaboração das propostas agora vetadas.

Em sabatina do jornal “O Estado de S. Paulo” nesta terça-feira, Marina disse desconhecer o coordenador.

Questionada sobre a saída de Freitas, pediu ajuda ao coordenador do programa de governo, Maurício Rands.

Da plateia, ele afirmou que o militante do PSB já estava sendo substituído –e a resposta foi repetida por Marina na sequência. “Não conheço a militância do PSB como conheço a da Rede“, disse ela.

A candidata repetiu que a errata que revisou as propostas decorreu de “um erro de processo” em que o texto dos movimentos sociais entrou no programa sem mediação da equipe de campanha.

DILMA

Após acenar com apoio à criminalização da homofobia em mais uma tentativa de se contrapor à rival do PSB, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça que a questão “não está relacionada à crença religiosa ou à opção partidária”.

Segundo a petista, o tema é uma questão de Estado e a homofobia cria um “mal-estar na sociedade”. Dilma não respondeu se a decisão de sua campanha foi influenciada pelo debate eleitoral e sustentou que seu governo sempre foi contra a homofobia.

“Não se pode construir uma das maiores democracias do mundo sem respeitar duas coisas: direitos humanos e direitos civis”, disse em evento na Grande São Paulo.

LEI GERAL DAS RELIGIÕES

Candidato a vice na chapa de Marina, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) ironizou a ofensiva do governo Dilma para apoiar o projeto da Lei Geral das Religiões –uma das principais bandeiras evangélicas no Congresso.

“Tem que perguntar por que o governo está tendo um choque espiritual a três meses de acabar o seu governo”, afirmou em Brasília.

Como revelou a Folha nesta terça, o Planalto pretende desengavetar a proposta que concede benefícios às instituições religiosas, entre eles, tributários.